Em uma iniciativa conjunta planejada pela equipe de Comunicação do Projeto Mares, jornalistas dos jornais Correio*, A TARDE e da Agência de Conteúdo Eco Nordeste, visitaram na sexta-feira (18), a sede da Organização Socioambiental PRÓ-MAR, para conhecer as ações que estão sendo realizadas ao longo dos último 22 meses pelo Projeto Mares. Os profissionais de imprensa foram convidados para conhecer os berçários da fazenda marinha onde estão sendo cultivados corais da espécie nativa Millepora Alcicornis, ou Coral de Fogo, nome pelo qual é popularmente conhecido, e o Centro de Interpretação Ambiental (CIA). O Projeto Mares é uma iniciativa da PRÓ-MAR, com apoio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Realizada com o apoio do Grupo Dattoli, a visita teve início no Terminal Náutico de Salvador, localizado no bairro do Comércio, de onde os convidados embarcaram em direção a praia de Mar Grande, na Ilha de Itaparica, onde está localizada a sede da ONG PRÓ-MAR. Já durante a travessia, que tem duração média de 45 minutos, acompanhados da coordenadora de Comunicação do Projeto, Andressa Amorim, e da assessoria de comunicação, os jornalistas receberam um ‘spoiler’ da experiência que teriam durante a visita.
Na sede da ONG, foram recepcionados pelo coordenador Geral do Projeto, Zé Pescador, pelo coordenador Científico Lucas Lolis e pela Educadora Ambiental e diretora da PRÓ-MAR, Mariana Ferreira. Após as boas-vindas e orientações sobre o mergulho, os profissionais foram levados a conhecer os berçários de corais instalados na área do recife das Pinaúnas onde, além de visualizar, puderam pegar nas sementeiras em que os corais são instalados para o seu desenvolvimento. O mergulho foi acompanhado por Lucas Lolis e pelos bolsistas Yasmim Nascimento e José Carlos Barbosa que apresentaram ‘in loco’ como é o trabalho de monitoramento e restauração recifal, destacando ainda o comportamento dos corais cultivados pelo Projeto diante dos efeitos do aquecimento do planeta, fator este que ameaça a saúde dos corais em todo o planeta.
No retorno à PRÓ-MAR, Mariana Ferreira apresentou ao grupo o circuito do conhecimento por onde já passaram mais de 600 estudantes durante as visitas realizadas ao CIA, equipamento que completou um ano no último mês de agosto. A experiência vivida foi fonte de muitas perguntas respondidas nas entrevistas feitas por eles a todos os integrantes do Projeto Mares presentes na ação.
“A ação nos aproxima da imprensa local, estreitando o relacionamento com os parceiros que são peças chaves na divulgação do projeto e propagação dos ensinamentos sobre os corais para o público geral”, destaca a coordenadora de Comunicação do Projeto Mares, Andressa Amorim. Para ela, “essa união com os veículos é positiva para todos, uma vez que ajuda no fortalecimento da imagem da Baía de Todos os Santos como pioneira na restauração recifal – com as sementeiras fabricadas a partir do carbonato de cálcio – e referência em Educação Ambiental”, avalia.
Andreia Vitório, repórter da Agência Eco Nordeste, na Bahia, afirmou: “Foi com alegria e curiosidade que recebi o convite para conhecer o Projeto Mares. Chegando lá, ao ver o resultado do trabalho desenvolvido, me surpreendi. Não imaginava como se dava o dia a dia da conservação e recuperação de corais. Foi muito bom ver na prática como é desafiador e minucioso esse cuidado. A experiência de pegar uma sementeira de coral foi especial. Vou adorar ajudar a contar essa história, compartilhando com nossos leitores a importância dessa atividade para nossa biodiversidade. O contato com profissionais envolvidos foi enriquecedor”.
“Foi surpreendente”, afirmou a fotógrafa do jornal Correio* Nara Gentil. “Fui conhecer o projeto sabendo muito pouco sobre ele, apenas o básico eu diria. Quando eu cheguei lá fiquei surpreendida com a dimensão de quantas coisas que vocês fazem. É que vai bem além da multiplicação dos corais. Tem o lance de envolver a comunidade, as crianças. De educar, de realizar a limpeza submarina e na praia, de explicar a importância da proteção. Teve ainda a parte do mangue. Enfim, fiquei muito surpresa com a quantidade de coisas que o projeto abraça. Foi uma experiência incrível de verdade, poder acompanhar de pertinho, ver, pegar em uma sementeira com uma colônia de coral. Essa vivência despertou em mim uma vontade de cuidar mais da praia, do mar, de querer mergulhar”, relatou Nara.
Repórter de A Tarde, Madson Souza descreveu a experiência como ‘incrível’. “Tem um conceito acadêmico no jornalismo que descreve essa coisa do ‘jornalismo sentado’, que é um termo inventado para discutir sobre porque os jornalistas cada vez menos saem da redação rumo às suas pautas. Esta tem sido uma realidade dentro da nossa área profissional. Pelo menos na minha experiência, seja por conta das demandas da redação ou por conta do desenvolvimento das próprias pautas, cada vez menos a gente vai na rua assim acompanhar as histórias e, para mim, isso faz muita diferença. Especialmente quando é num projeto tão interessante quanto o Projeto Mares. Isso mostra como ter a oportunidade de ver, presenciar, conversar com as pessoas faz total diferença para que possamos entender a importância daquilo e para poder contar aquela história depois”, disse o jornalista.